Fundação profunda ou sapata para sua obra: qual utilizar?

Optar corretamente por fundação profunda ou sapata é uma decisão fundamental para o desempenho de qualquer construção! Existem edificações com os mais diversos perfis de cargas, assim como existem diferentes tipos de solos que, por sua vez, apresen

Entenda o que é fundação profunda

A fundação profunda é um recurso utilizado mais comumente em estruturas mais altas, como prédios, que sofrem continuamente com a força do vento, ou ainda em edificações que contem com padrões de carga muito elevados. 

A profundidade em que esse tipo de fundação é instalada é maior que a sua largura. A proporção é geralmente maior que 4 a 5 metros. 

Nesse modelo, a carga de toda a estrutura é distribuída no solo verticalmente (ao contrário das estruturas rasas, em que a distribuição é lateral). 

Uma fundação profunda pode ser feita a partir de diversos modelos. Os principais deles são: 

  • Tubulões: são estruturas cilíndricas instaladas com base alargada ou não. Sua construção é feita com concreto e aço
  • Estacas: é uma fundação utilizada para transferir as cargas da estrutura em uma porção de rocha dura localizada abaixo do nível do solo. Executada por maquinário específico, esse tipo de estrutura pode ser feita com diferentes materiais, como concreto pré-moldado, madeira e aço. As estacas podem ter grandes comprimentos com seções transversais menores
  • Caixões: a sua instalação é feita com escavação interna, que é concretada na superfície da construção. Sua base também pode ser alargada ou não. 

Por ser executada em níveis mais profundos de solo, a fundação profunda é aplicada por meio de equipamentos de cravação ou escavação na grande maioria dos casos. Seu uso é mais indicado quando as camadas superficiais do terreno são fracas.

Descubra como são as fundações rasas (sapatas)

Ao contrário da fundação profunda, uma fundação rasa é aquela em que a carga estrutural é transmitida pela fundação diretamente ao solo. 

A execução é feita em valas rasas, geralmente por alicerces, blocos, radiers e as próprias sapatas. A profundidade máxima é de 3 metros, em que a carga é espalhada lateralmente no solo. 

As sapatas utilizam concreto armado para o dimensionamento pelas armaduras. Elas podem ser corridas, com a carga distribuída de maneira linear, ou associadas, em que são utilizados vários pilares. 

Além das sapatas, as fundações rasas ainda podem ser desenvolvidas por meio de:

  • Baldrames, também conhecidos como vigas de fundação, que são feitos de concreto armado e correspondem a elementos de fundação rasa que são comuns a diversos pilares, em que o centro é alinhado na planta. Por conta do alinhamento, as vigas dividem o peso estrutural. As vigas podem, inclusive, estar abaixo do nível do terreno e seu uso é considerado indispensável para as edificações, já que é por meio delas que as paredes são levantadas
  • Radiers, que ocupam toda a área construtiva, a fim de receber toda a carga de maneira integral, distribuindo-a de maneira uniforme pelo solo. Os radiers são semelhantes a placas maciças
  • Blocos de fundação, que dispensam o uso de armadura e absorvem toda a carga da edificação, distribuindo-a adequadamente. 

Por exigirem apenas pequenas escavações no terreno, as fundações rasas não exigem o uso de grandes equipamentos de perfuração para que a execução seja possível. 

Nesse tipo de estrutura, é comum que a profundidade em que a fundação é posicionada seja menor que a sua largura, ou seja, a razão entre a largura e a profundidade é menor que a da unidade. 

No próximo item, confira o que deve ser considerado na hora de optar pelas fundações rasas ou pelo modelo de fundação profunda. 

Como definir a fundação ideal para a sua obra?

A escolha do tipo de estrutura depende basicamente da carga que terá a construção, do prazo de execução, do custo do método escolhido e, principalmente, da profundidade da camada resistente do solo. 

Como destaca o blog Pedreirão, a capacidade de carga do solo, conhecida como tensão admissível, é o fator mais importante para essa decisão. Ela diz respeito ao limite de carga que o solo pode suportar sem se romper ou sofrer muitas deformações.

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Para definir se uma obra contará com fundação profunda ou sapatas, inicialmente é solicitada toda a sondagem do terreno ao cliente, seja pela empresa responsável pela instalação ou pelo engenheiro encarregado pela obra.

Essa sondagem é basicamente um estudo do solo, em que suas características básicas são levantadas, como é o caso da tensão admissível, para definir qual é a melhor forma de trabalhar sobre ele. 

Em conjunto com a planta de cargas das estruturas, que é fornecida pelo fabricante, esse ensaio de sondagem servirá para definir o tipo de fundação. 

Caso o padrão do solo seja considerado ruim, a escolha mais indicada é a fundação profunda, em que as estacas irão transferir todo o peso da obra. 

Caso o terreno apresente boa qualidade, a fundação pode ser superficial, já que todo o esforço da obra pode ser transferido apenas para a sapata e, assim, diretamente para o solo. 

Em poucas palavras, a escolha do melhor tipo de estrutura depende diretamente do processo de sondagem e, consequentemente, da credibilidade e experiência da empresa fornecedora para determinar o tipo de fundação ideal para cada obra. 

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