O mercado da construção vem demonstrando resiliência e um bom desenvolvimento mesmo em momentos de crise. E isso está gerando grandes expectativas para os próximos anos. Contudo, ainda será preciso superar algumas adversidades para estimular o crescimento contínuo do setor.
Portanto, esse conteúdo vai abordar os dados fundamentais do contexto atual do setor para desenhar quais são as principais expectativas para os próximos anos.
Cenário atual do mercado da construção
Apesar da queda do PIB brasileiro no segundo trimestre de 2021 para 0,1%, o mercado da construção cresceu 3,9%, no terceiro semestre, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A instituição ainda ressalta que todos os outros setores sofreram queda, sendo o da construção o único em crescimento.
A Sondagem Indústria da Construção feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) é ainda mais otimista. O índice de atividades do setor, em outubro de 2021, chegou em 51,7 pontos, sendo o maior resultado desde 2011!
Nesse mesmo período, usando ainda como base os dados da CNI, o número de empregados no setor também cresceu e foi para 50,3 pontos. E o Índice de Confiança do Empresário (ICEI) não obteve crescimento, mas continua acima da média histórica de 53,8 pontos, chegando a 54,9 pontos.
Isso porque o Índice de Condições Atuais continua abaixo da linha de 50 pontos, chegando a 47,5. O que demonstra que há ainda um certo receio com relação à economia do país. Contudo, os Índices de Expectativa do empresário permanecem acima dos 50 pontos, o que confirma que a espera é de um contínuo crescimento.
Por fim, a intenção de investir continua avançando. O índice de intenção de investimento da Indústria da Construção aumentou 2,1 pontos, chegando no total de 44,5. Esse é o segundo ponto mais elevado desde 2014!
O que esperar no futuro?
Ainda que os números apontem para um certo otimismo, por parte do mercado da construção, é preciso ter cautela, dado que ainda há alguns desafios no contexto atual do setor que afetam diretamente o desenvolvimento do mesmo.
De acordo com o MapBiomas, em uma análise de 30 anos, o Brasil já perdeu mais de 3 milhões de hectares de superfície de água, gerando uma redução de 15,7%. A crise hídrica é uma adversidade atual que vem afetando os postos de abastecimento do país. E a redução da quantidade de água afeta em outros problemas.
A falta de insumo é um deles. A CNI apontou para a informação de que 69% das empresas obteve dificuldades em conseguir insumos em outubro de 2021. Esse número caiu, se comparado com meses anteriores. Contudo, a falta de aço, por exemplo, continua tendo um impacto nas construções, gerando uma certa preocupação no mercado.
Sendo assim, o valor dos insumos acaba aumentando, tendo em vista que a demanda é maior que a oferta. Esse fator causa mais dificuldades em adquirir os insumos necessários sem encarecer a construção. Vale destacar que o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), em doze meses, acumulou uma alta de 17,35%.
A expectativa é de que, mesmo com essas adversidades, o setor continue crescendo. A projeção da CBIC aposta em um crescimento de 5% até o fim 2021, sendo o maior em 10 anos. Além disso, um estudo do EmCasa, citado pela Veja, afirma que 42% dos entrevistados pretendem investir em imóveis até 2023.
Esses números são resultados direto da mudança do comportamento do consumidor. Uma vez que, com o isolamento social causado pela pandemia da Covid-19, o comprador precisou ficar mais tempo em casa. E essa ação fez com que ele desejasse ter um imóvel confortável e agradável. Dessa forma, pequenas reformas, construções e até compras de propriedade passaram a ser uma prioridade para o mesmo.
Tendências e expectativas para o setor
Após o levantamento de todo o contexto do mercado da construção civil, confira a seguir uma lista das principais tendências que vão auxiliar no processo de desenvolvimento do setor nos próximos anos.
Importação
A importação passa a ser uma tendência em resposta a falta de insumo. Segundo uma parceria da CBIC com a CooperconSC, já foram importados da Turquia mais de 40 mil toneladas de aço, um dos insumos fundamentais para o setor.
Essa é uma das principais soluções para conter tanto o problema com a falta de materiais quanto com o aumento do custo dos mesmos.
Uso de tecnologia e metodologias
As tecnologias que ajudam na automação dos processos também são uma constante tendência, já que elas geram mais agilidade nos processos da construção.
É nesse contexto que surge a metodologia BIM, utilizada para a criação de um modelo virtual da construção para facilitar a visualização e evitar possíveis erros.
Segundo a Sienge, 43% dos entrevistados que ainda não utilizam esse método, pretendem aplicar em um futuro próximo. E de 643 empresas entrevistadas, 247 já fazem o uso dessa metodologia, correspondendo a 38,4%.
Aposta em Construtechs e Proptechs
As Construtechs e Proptechs são startups que atuam no mercado da construção civil com soluções e estratégias mais tecnológicas durante todo o ciclo do projeto. Segundo o Mapa das Construtechs e Proptechs, nos últimos cinco anos esses modelos cresceram 235%.
Atendimento ao cliente e foco na experiência
O atendimento ao cliente com o foco na experiência tem sido uma tendência para as construtoras. Isso porque, com o cuidado demonstrando foco no alcance das necessidades do consumidor é o que fideliza o mesmo.
Vale destacar que a experiência e um atendimento de qualidade são critérios importantes para a decisão de compra do cliente. Isso é uma característica do perfil do Consumidor 4.0 que está conectado o tempo todo.
Sustentabilidade
A sustentabilidade é um caminho mais consciente em relação às construções. Adotar métodos sustentáveis é uma solução, também, para a falta de insumos e a crise hídrica.
Isso porque com uma obra mais sustentável, os resíduos são responsáveis sendo feito o descarte correto. Além disso, desperdícios exagerados não são incentivados e ainda há um maior controle do uso excessivo de água e de luz.
Com esses procedimentos mais responsáveis, o custo da obra diminui, a produtividade aumenta e o meio ambiente ainda é preservado.
Pré-fabricados e pré-moldados
As soluções pré-fabricadas e pré-moldadas também são tendências. A adesão a esse modelo cresce a cada período, correspondendo as necessidades do mercado. Para os próximos anos esse material deve continuar em alta por ser mais sustentável e por utilizar menos insumo.
Com essas soluções, a construção ganha mais agilidade e produtividade, visto que boa parte dos processos são reduzidos ao adquirir esses materiais.
Quais são os próximos passos?
Esse conteúdo abordou o contexto atual do mercado da construção além das principais expectativas e tendências para o setor nos próximos anos.
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